Com mais de 120 anos de existência, o boxe feminino é fruto de uma luta constante das mulheres pela igualdade. Numa modalidade conotada com o sexo masculino, os últimos anos foram fulcrais para a afirmação do espaço da mulher nos ringues.Para isso, muito ajudaram as filhas de grandes mitos do pugilismo mundial da década de 60 e 70, como Laila Ali (Muhammad Ali) e Fre-eda Foreman (George Foreman), cujos combates contribuíram para deitar abaixo os preconceitos vigentes.
Com o nascer do século XX, o pugilismo feminino começou a crescer e, em 1904, foi apresentado como modalidade de demonstração nos Jo-gos Olímpicos de St. Louis (EUA). No entanto, daí até que uma mulher participasse num combate amador, muitos anos tiveram que se passar só em 1975 é que começaram a ser distribuídas licenças feminas.
Os anos 80 ficam marcados por várias disputas legais de reconhecimento do direito das mulheres à pratica do boxe profissional. Os frutos dessas lutas surgem em 1996, ano do combate entre Christy Martin e Deirdre Gogarty. Este encontro antecipava um embate entre Mike Tyson e Frank Bruno e foi visto por uma audiência estimada em 1,1 milhões de telespectadores.
Em 1999, com a estreia de Laila Ali, (na foto) filha do ex-campeão do Mundo Muhammad Ali, o boxe feminino entrou noutro patamar. Fruto da fama do pai, Laila atraiu a atenção da imprensa mundial. O seu maior combate, em 2001, com Jacqui Fra-zier (filha de Joe Frazier, antigo rival de Ali), foi considerado uma reedição dos míticos embates entre os seus progenitores e foi visto por milhões. Laila ganhou por pontos, dando início a uma carreira até agora sem mácula é a campeã mundial dos meios--pesos, com 20 vitórias, 17 por K.O., e nenhuma derrota. E é também a actual face do boxe feminino.
Fonte: www.dn.sapo.pt
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