Marcela Souza - www.marcelaboxe.jimdo.com

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SANTOS, SP, Brazil
Formei-me em Educação Física em 1996 pela FACULDADES AELIS(UNIMONTE), quando em 1997 encontrei um colega de faculdade se apresentando e dando aulas na praia de AEROBOXE, ai ele me fez o convite para ingressar no grupo, fiz uma audição e tudo começou ai, pois a coordenadora do grupo também formada em Ed. Física , já fazia um curso para árbitra de boxe, então o GRUPO somente se apresentava em rodadas de boxe, inclusive quando o POPÓ lutou aqui no Brasil, comecei a acompanhá-la para assisti-la atuando e também me apresentando com o grupo,quando um belo dia ela se tornou PRESIDENTE de uma liga de boxe PAULIBOXE, na baixada santista,e necessitava de um quadro de arbitragem,foi quando fiz o curso, com o diretor de arbitragem da CBBOXE(Adriano Carollo),fui aprimorando meus conhecimentos na arbitragem,até me tornar árbitra continental e hoje INTERNACIONAL. ORKUT:http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=ls&uid=6072540570416391620 MSN:melldemarcella@hotmail.com

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Mulheres entre 58 e 87 anos lutam boxe

Elas têm de 58 a 87 anos, treinam boxe duas vezes por semana e dizem que isso as torna mais jovens

A rotina das senhoras de Rio Grande da Serra, a 40 quilômetros da capital paulista, se assemelha à das pessoas acostumadas a viver em cidades pequenas. A maioria delas se conhece pelo primeiro nome, compra fiado na quitanda e passa o tempo falando sobre novelas, filhos e netos. Tudo isso muda quando as pacatas moradoras da cidade entram no ringue para praticar um esporte que exige força, agilidade e concentração: o boxe. Duas vezes por semana, um grupo de 190 mulheres, com idade entre 58 e 87 anos, veste suas luvas e parte para a troca de socos, em aulas com uma hora de duração. No ginásio, enquanto treinam, parecem esquecer a idade. Dão cruzados e ganchos com vontade. "O pessoal da cidade até passou a me respeitar mais depois que comecei a lutar", diz Maria Luzia de Jesus Amaro, de 77 anos.


O boxe entrou na vida de Maria Luzia há quatro anos. Mineira, ela se mudou para São Paulo, onde acabaria morando a maior parte da vida, para trabalhar na área administrativa de um colégio tradicional da cidade. Depois de se aposentar, passou a cuidar da mãe, hoje com 95 anos, e de uma irmã, que tem uma deficiência mental. Maria Luzia acredita que os exercícios a ajudam no dia-a-dia. "É bom tanto na parte física quanto no lado emocional." Ativa, ela não aparenta a idade que tem. Além das aulas de boxe, ela também faz ginástica regularmente. E acredita que o esporte a mantém jovem. "Não me acho velha", diz.

Benedita Pereira Natale, de 70 anos, é uma senhora miúda, com cabelos completamente brancos e dona de uma energia incrível. Benedita treina há mais de um ano e diz que desde que começou nunca faltou às aulas. O esporte dá ainda mais fôlego para a vovó fazer suas atividades. "Eu nunca paro em casa. Adoro sair, praticar esportes, andar, falar com os vizinhos", afirma. Benedita mora em Rio Grande da Serra há 36 anos e tem quatro filhos. O caçula, de 46, é quem mais incentiva a mãe a treinar seus jabs.

A entrada dessas mulheres no boxe só aconteceu pela teimosia do lutador e treinador Ailton Pessoa de Lima. Há oito anos, ele teve a iniciativa de ensinar o esporte de graça a mulheres da terceira idade. Não havia nenhum projeto social voltado a esse grupo na cidade. "Eu sentia que as pessoas mais velhas não eram valorizadas e tive vontade de fazer algo por elas", diz. Nenhuma das alunas de Lima escolheu o boxe pelo histórico na família, como ocorreu com Laila Ali, a mais nova entre os nove filhos de Muhammad Ali e campeã mundial de boxe feminino entre os pesos médios. Na verdade, o professor teve de mostrar gingado para convencer as senhoras de Rio Grande da Serra. "Eu disse a elas que daria aulas de alongamento e de ginástica." No dia marcado, ele apareceu com luvas de boxe e sacos de pancadas. As 13 alunas que ele havia reunido acharam a idéia divertida. Com o passar do tempo, a classe começou a ficar cheia. As mulheres gostavam tanto do professor que faziam fila para dar um beijinho nele antes da aula. "Algumas chegavam a pegar a fila de novo para ganhar mais um beijo", diz Lima. "Essas velhinhas têm muito carinho para dar".

Pouco mais de um ano depois, e encorajado pelo boca a boca que atraía cada vez mais alunas, o treinador convenceu a Prefeitura a investir nas aulas. Conseguiu autorização para usar a quadra municipal de esportes. Hoje, as 190 idosas que treinam são registradas, passam por avaliação médica antes de iniciar o treinamento e têm acompanhamento clínico para evitar problemas de saúde.

No início do treino, as alunas fazem alongamento, seguido de chutes e socos no ar. Depois, elas formam duplas para treinar ganchos e pancadas entre si. No final, quem consegue faz uma sessão de agachamento. No meio da aula, Lima faz uma pausa para que as alunas, de mãos dadas, rezem o pai-nosso. Todas as terças e quintas-feiras, às 8 horas da manhã, elas lotam o ginásio. Estão sempre com uma disposição e alegria invejáveis.
Fonte: Época Online.

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